sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Comer carboidrato a noite engorda , mito ou verdade ?

Comer carboidrato à noite sempre foi apontado como um hábito a ser mudado na hora de emagrecer. Os pães e massas foram visto como vilões por tanto tempo que a proibição do consumo desse tipo de alimento após as 18h se tornou base de algumas dietas famosas. Isso porque durante o sono nosso metabolismo desacelera, exigindo menos energia. No entanto, uma pesquisa realizada na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, decidiu investigar essa máxima da dieta. A conclusão é que isso é um mito e que o consumo desse nutriente à noite pode até diminuir a fome durante o dia, ajudando na perda de peso.
carboidratos



Segundo Tereza Cibella, nutricionista da Equilibrium e consultora de nutrição da Adria, acreditava-se que as calorias dos carboidratos não seriam consumidas pelo corpo durante a noite, sendo acumuladas na forma de gordura, porém, essa energia é usada para o funcionamento cerebral e dos órgãos. “O que o estudo aponta é que o ganho de peso não está relacionado ao carboidrato consumido à noite e sim à qualidade da alimentação no restante do dia, ao sedentarismo e ao exagero na quantidade de alimentos consumidos”, defendeu.
Para o estudo os pesquisadores acompanharam 78 voluntários, que seguiram uma dieta de 1.500 calorias diárias. A dieta era composta de 20% de proteína, 30% a 35% de gorduras e de 45% a 50% de carboidratos. Os participantes foram divididos em dois grupos, o primeiro deveria consumir a cota de carboidrato apenas durante o dia, enquanto o segundo comia esse tipo de alimento no período da noite. Após seis meses, todos os participantes perderam 10 kg.

A principal diferença encontrada entre os dois grupos foi a taxa de leptina, hormônio que ajuda a controlar o apetite. Os participantes que consumiram carboidrato à noite apresentaram quantidades maiores dessa substância, sentindo menos fome durante o dia.
Além da leptina, houve alteração em outros dois hormônios: a grelina e a adipectina. “A primeira promove o apetite, sua concentração costuma ser alta durante o jejum ou períodos que antecedem as refeições, caindo logo após nos alimentarmos. Já a adipectina possui propriedades antiaterogênicas, que evita o depósito de gordura nas artérias, e anti-inflamatórias. Além disso, ela ajuda na ação da insulina, reduzindo o risco de diabetes”, explicou Tereza.
A ideia principal do consumo de carboidrato à noite como caminho para o emagrecimento é que se a pessoa perder peso sem grandes proibições e sentindo menos vontade de comer irá ter mais chances de seguir na dieta. Porém, para manter-se saudável e de bem com a balança a nutricionista recomenda distribuir o carboidrato entre todas as refeições. “A ingestão de carboidrato deve ser de 50% a 60% do valor calórico total diário de uma alimentação não restritiva”, afirma. A especialista afirma ainda que, neste caso, não haveria diferença no resultado caso o consumo fosse de produtos integrais.
Apesar da “liberação” do carboidrato, é importante lembrar que o equilíbrio alimentar é o caminho para a perda de peso. E nada de alimentos pesados à noite para não prejudicar o sono. “O ideal é combinar a massa com legumes e verduras, carnes magras e fibras, como aveia linhaça e sementes. Lembrando também que a quantidade a ser consumida deve ser um prato raso ou até dois pegadores de massa”, explica Tereza. A prática de atividades físicas também ajuda a manter a forma e estimulam a liberação de hormônios que oferecem a sensação de bem estar e prazer. 
Por Roberta Figueira                                                            http://saude.terra.com.br/dietas/consumo-de-carboidrato-a-noite-pode-ajudar-na-dieta-entenda,a4702fc726d5e310VgnVCM3000009acceb0aRCRD.html
Jejum prolongado
Essa é também a bandeira defendida pelo professor de endocrinologia do UNI-BH e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Minas Gerais, Paulo Miranda. De acordo com ele, quando se pensa em dietas não adianta modismos. “Desde sempre, a alimentação tem que ser balanceada como um todo. Vários estudos tentaram avaliar se a dieta rica em proteína ou pobre em carboidrato seria boa. Nesta última, depois de três meses o peso estabiliza,mas depois deu mano passa a não fazer diferença.”
Paulo explica que o corpo humano usa energia de duas fontes: glicose e carboidrato por excelência. “Ao dormir, estamos em um jejum prolongado, com um maior tempo sem ingestão de alimentos. Se não temos reserva de carboidrato para esse período, o organismo vai usar outra substância para obter energia. A primeira coisa que ele faz é mobilizar a proteína para transformá-la em glicose”, explica, dizendo que esse processo não é bom. O especialista indica fazermos um jantar com saladas e carne magra ou umlanche leve antes de dormir. “Isso vai permitir a saciedade”, avalia.

Para quem pensa que antes de dormir pode, hoje, bater aquela macarronada, é preciso cautela. De acordo com Paulo, um macarrão instantâneo é um carboidrato de rápida absorção e, como tal, a saciedade também passa rápido. Ele diz que para comer à noite vai depender do que se escolhe. “E depender também do tipo de paciente. Um pão de sal, por exemplo, tem 130 calorias. A pessoa pode comê-lo com queijo, presunto e aí vai depender de quantas calorias diárias ela precisa. De qualquer forma, ela terá uma reserva
de carboidrato para dormir.”
Luciane Evans   http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2013/07/09/noticia_saudeplena,143945/pesquisa-mostra-que-o-carboidrato-consumido-a-noite-pode-emagrecer-em.shtml

De onde surgiu esse papo de que comer carboidratos a noite engorda ?

Na tentativa de explorar esse “fato”, primeiro precisamos entender porque devemos limitar os carboidratos a noite.
A maioria dos “experts” que recomendam limitar os carboidratos a noite o fazem porque, de acordo com eles, você vai pra cama em breve, o seu metabolismo vai ficar mais lento e portanto esses carboidratos terão maiores chances de serem armazenados como gordura. Parece ter lógica, mas broscience sempre parece lógico. Eles também dizem que a sensibilidade da insulina é reduzida a noite, mudando o rumo dos carboidratos direto para a gordura e longe dos músculos.
Primeiro, vamos ver esse negócio do metabolismo diminuir a noite. A lógica por trás disso parece fazer muito sentido: você está deitado, praticamente não se mexe, apenas dorme, então obviamente você está queimando menos calorias do que se estivesse acordado e fazendo coisas. Até mesmo se você estivesse sentado ou deitado no sofa assintindo TV, você queimaria mais calorias do que se estivesse dormindo, certo ?
À primeira vista, isto parece estar de acordo com um estudo que mostra que a energia gasta durante a metade do período do sono é reduzida em 35% (1). Contudo, os pesquisadores descobriram que na outra metade, o gasto de energia aumenta significativamente, ou seja, existem quedas e picos na velocidade do metabolismo durante a noite, mas qual é a conclusão ? Curiosamente, no geral, a velocidade do metabolismo durante o sono é muito semelhante a de quando estamos acordados(2,3). Além disso, aparentemente quem faz exercícios, tem um metabolismo mais rápido durante o sono, aumentando a queima de gordura durante este período (4).
Em resumo, a ideia de que você deveria evitar carboidratos a noite porque o seu metabolismo fica lento, simplesmente não faz muito sentido.

Então essa história toda é apenas crença popular, certo ?

Até aqui, o medo de comer carboidratos a noite certamente cheira a papo de roda de academia, mas antes de darmos ofatality, vamos examinar um pouco mais a fundo. Ainda temos o problema da sensibilidade da insulina e glicose diminuir durante o sono, facilitando o acúmulo de gordura. Aqui que as coisas ficam interessantes. Comparado com refeições feitas de manhã, os níveis de insulina e glicose no sangue realmente ficam mais elevados depois das refeições feitas a noite (5,6).
Ferrou! Aqui está a prova de que definitivamente não podemos comer carboidratos a noite… Não tão rápido. Apesar da sensibilidade da insulina e glicose parecerem piores a noite, é importante manter em mente que a refeição feita de manhã é feita após o jejum que fizemos durante o período do sono, o que melhora a sensibilidade de insulina. Então, uma comparação mais justa seria comparar uma refeição feita no meio do dia vs. uma feita a noite. Neste caso, simplesmente não foi encontrada diferenças na sensibilidade da insulina ou glicose(5).
Conclusão. A sensibilidade da insulina e glicose não são necessariamente piores a noite, já que refeições feitas de manhã só tem menos impacto devido ao jejum feito durante a noite.

Todo esse bla bla bla científico realmente faz alguma diferença para nós ?

Enquanto é ótimo falar sobre mecanismos complexos do metabolismo, no fim do dia, precisamos examinar se isto realmente faz alguma diferença na prática. Felizmente, um estudo recente publicado no “Journal of Obesity” examinou justamente esta questão (7). Os pesquisadores colocaram os envolvidos em uma dieta com poucas calorias por 6 meses e dividiu-os em dois grupos, um grupo de controle e um grupo experimental. Cada grupo ingeriu a mesma quantidade de calorias, proteínas, carboidratos e gordura, contudo os carboidratos foram divididos de maneiras diferentes. O grupo de controle consumiu carboidratos de maneira espalhada durante o dia, o grupo experimental consumiu a maioria dos carboidratos do dia (aproximadamente 80%) de uma só vez, a noite. O que eles descobriram seis meses depois pode lhe chocar.
carboidratos 2
O grupo experimental, consumindo a maior parte dos carboidratos a noite, surpreendentemente perdeu mais peso que o grupo de controle e de quebra tiveram menos fome durante o dia.

“Epa, epa! Menos fome ? Isto é a maior mentira que já li”

Você leu corretamente. O grupo que comeu a maior quantidade de carboidratos a noite, teve menos fome que o grupo que comeu carboidratos várias vezes ao dia. Tenho certeza que a maioria que está lendo e que costuma comer várias vezes por dia está pensando: “Não é possível que eles tenham menos apetite, se eu ficar mais de que 3 horas sem carbos eu morro de fome!”. Bem meu amigo, temo que você esteja em um círculo vicioso. Deixe-me explicar: quando você faz diversas refeições pequenas durante o dia você acostuma o corpo a receber glicose nesse tempo.
Para eliminar essa glicose ingerida com frequência, o corpo libera insulina para enviá-la[a gligose] para as células. Esta liberação vai causar fome (cerca de 2 ou 3 horas após a refeição, o tempo aproximado da ação da resposta da insulina), mas sem problemas, você já come a cada 2 ou 3 horas, certo ? Então, quando começar a dar fome você já vai estar enviando mais glicose através dos carboidratos. Infelizmente, isto faz com que o corpo funcione como um relógio e exija glicose de tempo em tempo, fazendo as pessoas pensarem que elas PRECISAM de carboidratos a cada 2 ou 3 horas ou passarão fome. Do contrário, se você come carboidratos com menos frequência, com mais tempo entre as refeições, você terá menos fome, porque forçará o corpo a se adaptar sem precisar estar ingerindo carbos toda hora. Durante a transição de se alimentar a cada 3 horas para uma frequência maior, você até poderá ter mais fome, mas só até o corpo se acostumar.

E porque diabos o grupo que comeu carboidratos a noite perdeu mais gordura ?

Qual seria a explicação para o grupo experimental, além de ter menos fome ainda ter perdido mais gordura que o grupo de controle ? Os pesquisadores atribuem o resultado a uma melhor mudança hormonal. O grupo que comeu a maior quantidade de carboidratos a noite obteve níveis mais baixos de insulina (7). Como se não fosse suficiente, o grupo experimental tinha níveis mais altos de adiponectina, um hormônio associado com a melhora na sensibilidade de insulina e queima de gordura (isso que comer a noite deveria piorar a sensibilidade à insulina hein ?). Eles também tinham uma tendência a ter níveis maiores de leptina (hormônio que controla o apetite). Para finalizar, o grupo de gulosos da noite ainda tinham menos colesterol ruim (LDL) e mais colesterol bom (HDL).
Em geral, no final do estudo as pessoas que comeram a maior parte da porção de carboidratos a noite, perdeu mais gordura e tinham mais indicativos de saúde do que o grupo que ingeria carboidratos várias vezes no decorrer do dia.

Então, qual é o veredito ?

Eu não estou preparado para dizer com cega certeza que TODOS devemos comer a maior parte dos carboidratos a noite. Eu ainda gostaria de ver um estudo mostrando a comparação de uma refeição de carboidratos gigantes sendo feitas de manhã comparadas exclusivamente com outra feita a noite.
Contudo, podemos dizer com relativa certeza de que a ideia de que apenas comer carbos a noite prejudica a perda de gordura, ou pior, aumenta o acúmulo de gordura não passa de uma grande crença popular de academia.
Texto por: Layne Norton, PhD em ciências nutricionais – http://www.simplyshredded.com/carbs-at-night-fat-loss-killer-or-imaginary-boogeyman.html
Traduzido e adaptado por Hipertrofia.org
Referências:
  1. Katayose Y, Tasaki M, Ogata H, Nakata Y, Tokuyama K, Satoh M. Metabolic rate and fuel utilization during sleep assessed by whole-body indirect calorimetry. Metabolism. 2009 Jul;58(7):920-6.
  2. Seale JL, Conway JM. Relationship between overnight energy expenditure and BMR measured in a room-sized calorimeter. Eur J Clin Nutr. 1999 Feb;53(2):107-11.
  3. Zhang K, Sun M, Werner P, Kovera AJ, Albu J, Pi-Sunyer FX, Boozer CN. Sleeping metabolic rate in relation to body mass index and body composition. Int J Obes Relat Metab Disord. 2002 Mar;26(3):376-83.
  4. Mischler I, Vermorel M, Montaurier C, Mounier R, Pialoux V, Pequignot JM, Cottet-Emard JM, Coudert J, Fellmann N. Prolonged daytime exercise repeated over 4 days increases sleeping heart rate and metabolic rate. Can J Appl Physiol. 2003 Aug;28(4):616-29.
  5. Biston P, Van Cauter E, Ofek G, Linkowski P, Polonsky KS, Degaute JP. Diurnal variations in cardiovascular function and glucose regulation in normotensive humans. Hypertension. 1996 Nov;28(5):863-71.
  6. Van Cauter E, Shapiro ET, Tillil H, Polonsky KS. Circadian modulation of glucose and insulin responses to meals: Relationship to cortisol rhythm. Am J Physiol. 1992 Apr;262(4 Pt 1):E467-75.
  7. Sofer S, Eliraz A, Kaplan S, Voet H, Fink G, Kima T, Madar Z. Greater weight loss and hormonal changes after 6 months diet with carbohydrates eaten mostly at dinner. Obesity (Silver Spring). 2011 Oct;19(10):2006-14.


    quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

    Sódio: seu consumo excessivo está associado à hipertensão e doenças

    No Brasil, a pressão alta afeta mais de 30 milhões de pessoas e é o mais importante risco para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares


    O  sódio  é  um  nutriente  essencial  para  nosso  organismo,  estando  presente naturalmente nos alimentos e muito adicionado em alimentos industrializados. Atua na  regulação  osmótica  dos fluidos  corporais,  na  condução  dos  impulsos nervosos  e  na  contração  muscular.  Entretanto,  seu  consumo  excessivo está  associado  ao  desenvolvimento  da  hipertensão  arterial,  doenças cardiovasculares e renais, dentre outras. No Brasil, a hipertensão afeta mais de 30 milhões de brasileiros, sendo 36% dos homens adultos e 30% das mulheres, e é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares (DCV), com destaque para o AVC e o infarto do miocárdio, as duas maiores causas isoladas de mortes no país.


    Sódio sal euatleta (Foto: Getty Images)



    A Organização Mundial da Saúde recomenda um consumo máximo de 2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia, o que equivale a 5g de sal (lembrando que 40% do sal é composto de sódio). 

    As informações sobre consumo de sal provêm da indústria brasileira e indicam que a média de consumo de sal é de 12g por dia. A média de consumo dos países industrializados é de 8 a 9g por dia. Isso significa que a população brasileira deveria diminuir o consumo do sal em dois terços, a fim de se aproximar do limite recomendável. 


    A maioria do sal está contida nos alimentos industrializados, a redução substancial no consumo desses produtos exigirá mudanças nas práticas de industrialização de alimentos.




    Em 2010, foi realizado estudo de consumo da população brasileira em diversos estados para avaliar os alimentos mais consumidos, verificar em várias marcas destes produtos a quantidade de sódio e propor redução de sódio na fabricação destes produtos e redução do consumo de sódio da população brasileira a menos de 2000mg/pessoa/dia até 2020, em uma ação em conjunto pelo Ministério da Saúde, Anvisa e entidades representativas das indústrias realizando termo de compromisso em 2011, estabelecendo categoria prioritárias e cronograma para redução a partir de 2012 e 2014, sendo avaliado a cada dois anos até 2020.
    Foram relacionados os seguintes produtos: pães (francês, de forma, bisnaguinha), caldos e temperos, laticínios (bebidas lácteas, queijos petit suisse e mussarela, requeijão), biscoitos (cream cracker, recheados, maisena), margarina, embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, linguiça, salame, mortadela), macarrão instantâneo, bolos (bolos prontos e misturas para bolo), snacks (batata frita, salgadinhos de milho), derivados de cereais, refeições prontas (pizza, lasanha, sopas).
    A população brasileira apresenta um padrão alimentar rico em sal, açúcar e gordura.

    TEOR DE SÓDIO EM ALGUNS  ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS (100gr):
    Batata palha472mgMacarrão instantâneo1798mg
    Biscoito água e sal741mgMortadela1303mg
    Bebidas lácteas93mgPão de queijo558mg
    Batata frita624mgQueijo minas frescal505mg
    Biscoito cream craker735mgQueijo mussarela577mg
    Biscoito maisena 369mgQueijo parmesão1402mg
    Biscoito recheado288mgParmesão ralado1981mg
    Hambúrger bovino701mgRicota fresca191mg
    Tablete de caldo de carne22180mgAzeitona em conserva1347mg
    Shoyo5024mgMilho verde em conserva260mg
















    ATITUDES IMPORTANTES:
    - O paladar se adapta à redução da quantidade de sal nos alimentos. Portanto, a diminuição gradativa do sal não afetará a percepção do sabor dos alimentos.
    - Experimentar os alimentos antes de adicionar mais sal, pois geralmente já possuem sal adicionado na preparação.
    - Utilizar temperos naturais como ervas aromáticas, alho, cebola, pimenta, limão, vinagre e azeite para temperar e valorizar o sabor natural dos alimentos, evitando o uso excessivo de sal.
    - Alimentos frescos têm menos sal, equilibre suas refeições com saladas e frutas, aumentar a ingestão de hortaliças (verduras/legumes) cozidas, assadas, grelhadas, purê.
    - Retirar o saleiro da mesa.
    - Aumentar a ingestão de água, mínimo de 2 litros diários.
    Por 

    domingo, 25 de janeiro de 2015

    Calculo do IMC Indice de Massa Corporal

    O que é IMC?


    IMC é uma sigla utilizada para Índice de Massa Corporal.

    Índice de Massa Corporal é uma medida utilizada para medir a obesidade adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

    É o padrão internacional para avaliar o grau de obesidade.

    O sobrepeso e a obesidade, indicados pelo IMC, são fatores de risco para doenças tais como a hipertensão arterial, a doença arterial coronariana e o diabetes melittus, além de outras patologias consideradas de alto risco para a Saúde Pública.

    Hoje em dia, o IMC é utilizado como forma de comparar a saúde de populações, ou até mesmo definir prescrição de medicações.

    Os valores de IMC são independentes de idade e sexo. Apesar disso, o IMC pode não corresponder ao mesmo grau de gordura em diferentes populações devido às diferentes proporções do corpo.

    Riscos à saúde associados ao aumento do IMC devem ser constantemente observados e interpretados, já que podem ser diferentes em cada população.


                                             Peso (kG)
    Fórmula   IMC  =         _____________
                                        Altura X Altura


    Calculadora IMC
    Peso: kg
    Altura: m  cm
    Nutricionista







     





    Não recomendo para crianças, atletas , gravidas !

    sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

    Pessoas com sobrepeso e obesidade precisam ter cuidados na musculação



    Dados da Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) nos mostra que mais da metade da população brasileira está acima do peso. A obesidade transformou-se em um problema de saúde pública de considerável importância. O sedentarismo e os maus hábitos alimentares levam ao aumento dessa parcela de indivíduos com obesidade e sobrepeso a cada ano. 

    Um dos fatores para o aumento de gordura corporal em pessoas na fase adulta é a diminuição do metabolismo, decorrente da diminuição da massa muscular. Ao longo dos anos perdemos músculos em função do envelhecimento e da falta de atividade física. Um ótimo exercício para aumentar o metabolismo e amenizar a perda de massa muscular é a musculação. 



    Em pessoas com sobrepeso e ou obesidade é um exercício essencial, pois fortalece as articulações e músculos para esses indivíduos realizarem outras atividades, como as aeróbias, aumenta o metabolismo e provoca a diminuição de gordura corporal. 

    É importante realizar os treinos sempre prescritos e acompanhados de um profissional de Educação Física, que ficará atento a correta execução dos exercícios e a intensidade de cargas adequadas ao início do treinamento. A postura nos exercícios deve ser observada e corrigida, para evitar sobrecargas desnecessárias nas articulações.   

    Indivíduos com obesidade ou muito acima do peso ao se submeterem os exercícios mais intensos, como a corrida, podem sobrecarregar suas articulações. Na musculação obtemos o fortalecimento muscular e articular, evitando problemas gerados pelos exercícios cíclicos (aeróbios) podendo gerar entre outras doenças articulares, a osteoartrite nas mais diversas articulações, o que poderia causar dor e limitar a amplitude dos movimentos.  

    Alguns cuidados ao iniciar os seus treinos: 

    • Atenção especial à execução dos exercícios, não se preocupe agora com a carga
    • Inicie com cargas leves e exercícios com o próprio peso corporal. A adaptação ao treinamento deve ser feita de maneira bem gradual
    • Tenha sempre acompanhamento profissional para evitar danos a sua saúde
    • Inicie com os exercícios mais confortáveis. Ajudará bastante na postura correta, e com o tempo você poderá progredir a dificuldade dos exercícios com mais segurança e eficiência nos seus treinos
    • Mantenha a regularidade dos seus treinos, assim se tornará um hábito, e ajudará muito na redução do seu peso corporal.
    Matéria publicada pelo site Minha Vida

    domingo, 18 de janeiro de 2015

    Consulte um médico antes da prática da atividade física

    É na estação mais quente do ano que 
    aumenta o número de praticantes de atividades físicas e esportes em geral, seja nas academias, na orla ou nas ruas da cidade.


    Segundo o Sindicato dos Estabelecimentos do Ensino Livre da Bahia (Sindelivre-Bahia) - responsável pelas academias -,  há um aumento em torno de 15% no número de praticantes de exercícios físicos durante o verão. "As academias passam a ficar mais movimentadas meses antes. Há um aumento significativo no período entre o final de outubro até um pouco antes do carnaval", afirma o presidente do Sindelivre-Bahia, Osvaldo Pita.


    Critério

    O número de praticantes, no entanto, não costuma ser proporcional ao número de pessoas que se preocupa em fazer um check-up antes de dar início a uma atividade física. Como não existe uma lei que obrigue as academias a exigirem o exame médico e a avaliação física como condição para a matrícula, fica a critério do praticante fazer ou não o check-up.

    A avaliação inclui a consulta com um clínico geral para uma anamnese, a realização de um hemograma para avaliação dos níveis de triglicérides e colesterol, exame físico e, em alguns casos, o eletrocardiograma.
    "Dependendo do diagnóstico clínico e do resultado do exame físico, o paciente é, então, encaminhado para exames complementares como o eletrocardiograma e o teste ergométrico", diz a cardiologista Lenises de Paula.




    O check-up é considerado fundamental, sobretudo no caso de pessoas acima dos 30 anos, que pretendem praticar atividades de alto impacto e possuem fatores de risco para o desenvolvimento de doença arterial coronariana, como histórico familiar, pessoas fumantes, hipertensas, com sobrepeso ou obesidade.

    Esse era justamente o perfil do cirurgião dentista Márcio Brandão, 34. Hipertenso, obeso, com altas taxas de colesterol e triglicérides, ele estava sedentário há 17 anos. Há 11, resolveu fazer musculação e atividades aeróbicas "Emagreci, reduzi todas as taxas e me sinto outra pessoa".




    A academia não exigiu os exames. Informou apenas que havia profissionais disponíveis, caso Márcio tivesse interesse em fazer uma avaliação física. "Resolvi procurar um médico e um nutricionista por conta própria e também tenho a orientação de um personal. Acho que buscar orientação é fundamental para quem quer começar uma atividade física".

    E a recomendação é fazer um check-up, independentemente da atividade e do lugar em que se pretende praticar o esporte, se na academia, no clube de corrida ou por conta própria, na orla da cidade.

    "Além dos exames médicos, é importante que as pessoas se preocupem em fazer uma avaliação postural para analisar possíveis problemas na coluna, ombros e joelhos, áreas que costumam ser mais afetadas durante as atividades", diz o médico, especializado em ortopedia e traumatologia, Fábio Costa.

    O professor do curso de educação física da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Francisco Pitanga, lembra, no entanto, que nem sempre o praticante deixa de fazer exames médicos e a avaliação física por falta de interesse.

    Sedentarismo

    Segundo ele, estudos mostram que 70% da população de Salvador fazem pouca ou nenhum tipo de atividade física, sobretudo nas áreas mais carentes da cidade.

    "Se formos exigir que todas as pessoas façam um exame médico antes de começar uma atividade física, muitas simplesmente deixarão de praticá-la por falta de acesso ao sistema de saúde e condições financeiras", diz Pitanga, que é doutor em Saúde Pública pela Ufba.

    Na opinião dele, submeter-se a exames médicos e físicos antes de iniciar um esporte é de extrema importância, mas não deve ser uma condição para começar a praticá-lo. "É sempre melhor fazer algum tipo de atividade do que viver no sedentarismo, mesmo que seja uma simples caminhada ou exercícios de baixo impacto". 


    Matéria publicada pelo site A Tarde 

    segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

    Ingerir líquido nas refeições é prejudicial?

    Você sempre ouviu dizer que não deve beber água, suco, refrigerante ou outro líquido qualquer durante as refeições porque faz mal, engorda, aumenta a barriga, mas será que é verdade? 
    Não pode mesmo? 
    Qual a explicação para isso? 
    Nessa matéria vamos esclarecer todas as suas dúvidas sobre os mitos e verdades desse tema.

    Afirmar que ingerir líquidos durante as refeições engorda ou aumenta a barriga é um mito. O que acontece é que o excesso de líquido misturado aos alimentos pode dilatar o estômago, provocando uma sensação de “inchaço abdominal”, o que muitas vezes é confundido com o aumento da barriga.


    Se você cultiva sempre esse hábito em todas as refeições, o seu estômago sofre essa dilatação, se torna mais "elástico". Quando o estômago está dilatado, manda uma mensagem ao cérebro avisando que ainda existem espaços vazios para serem preenchidos, então você não se sente saciado e consome mais alimentos do que normalmente seria necessário.
    Esse aumento na quantidade de alimentos consumidos é que ocasionará o ganho de peso e, consequentemente, poderá contribuir para o aumento da gordura abdominal.
    O maior prejuízo de se ingerir muito líquido durante as refeições está em relação a digestão. Depois da mastigação, o alimento passa pela faringe e esôfago, e vai para o estômago, onde está presente o suco gástrico, essencial para o processo de digestão.

    O suco gástrico é composto, entre outras substâncias, por ácido clorídrico, pepsina e renina. A renina é uma enzima que age sobre a caseína (uma das principais proteínas do leite) e é produzida pelo estômago durante os primeiros meses de vida. O ácido clorídrico é o responsável por manter baixo o PH do estômago. E a pepsina é a enzima responsável pela quebra das proteínas.

    Quando ingerimos muito líquido durante as refeições, a concentração de ácido clorídrico presente no estômago diminui e algumas enzimas são diluídas e dessa forma prejudica a digestão dos alimentos e pode ocasionar indigestão, gases e flatulências.

    O excesso de líquido também poderá diminuir a absorção de alguns nutrientes, pois os alimentos passam mais rapidamente pelo intestino, local onde ocorre a absorção.
    Para as pessoas que não conseguem abandonar esse costume, o tipo de líquido ingerido também é importante, os refrigerantes são mais prejudiciais, pois possuem gases que dilatam ainda mais o estômago. Nesse caso, o recomendado é que você beba água ou um suco de frutas natural.
    O maior problema está na quantidade ingerida. Apesar de ser importantíssimo beber bastante líquido durante o dia (cerca de 2 litros), o ideal é que não sejam ingeridos em grande quantidade durante as refeições.
    Se você não consegue ficar sem a água ou qualquer outro líquido enquanto almoça ou janta, procure não ultrapassar a quantidade de 1 copo de 200ml. 
    Os líquidos devem ser consumidos 20 minutos antes ou 60 minutos após as refeições. 
    Nos intervalos entre as refeições beba água a vontade.
    Por:
    Camila Rebouças de Castro 
    Nutricionista - CRN-3 14.112
    Link http://maisequilibrio.com.br/nutricao/ingerir-liquido-nas-refeicoes-e-prejudicial-2-1-1-559.html