quinta-feira, 11 de junho de 2015

O jovem e as estrelas-do-mar

Numa praia tranquila, junto a uma colônia de pescadores, morava um escritor. 

Todas as manhãs, ele passeava pela praia, olhando as ondas. 
Assim ele se inspirava e, à tarde, ficava em casa, escrevendo. 
Um dia, caminhando pela areia, ele observou um vulto que parecia dançar. 
Chegou mais perto e viu que era um jovem pegando, na areia, as estrelas-do-mar, uma por uma e jogando-as depois de volta ao oceano. 



- E aí? – disse lhe o jovem num sorriso, sem parar o que fazia. 
- Por que você está fazendo isso? 
– perguntou o escritor, furioso.
 - Não vê que a maré baixou e o Sol está brilhando forte? 
Se estas estrelas ficarem aqui na areia vão secar ao sol e morrer! 
O escritor até que achou bonita e louvável a intenção do garoto, mas deu um sorriso cético e comentou: 
- Só que existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, meu caro. Centenas de milhares de estrelas-do-mar devem estar espalhadas por todas essas praias, trazidas pelas ondas. 

Você aqui, jogando umas poucas de volta ao oceano, que diferença faz? 
-Pra esta, eu fiz diferença. Naquela tarde, o escritor não conseguiu escrever. 

De noite, mal conseguiu dormir. 
De manhãzinha, foi para a praia.
 O jovem pegava as primeiras ondas do dia com sua prancha. 
Quando saiu do mar e foi para a areia, encontrou o escritor. 
Juntos, com o Sol ainda manso e começando a subir, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.

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